Você sabia que o tipo de câncer mais incidente é o câncer de pele do tipo não melanoma e a medida mais eficaz para prevenção é o uso de protetores solares/roupas com proteção UV e óculos escuros), além de evitar exposição solar em horários críticos como das 10-16h? Leia mais sobre o assunto nesse artigo especial do Dezembro Laranja.
Venha se informar mais um pouco sobre os tipos de câncer de pele e seus tratamentos.
São 3 tipos de câncer que podem crescer na pele: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e o melanoma.
Fatores de risco:
– Histórico familiar de câncer de pele;
– Já ter tido muitas queimaduras de sol durante a vida, daquelas que deixam a pele muito vermelha e ardendo;
– Exposição na infância;
– Bronzeamento artificial;
– Muitas sardas ou pintas pelo corpo;
– Pele muito clara, do tipo que sempre queima no sol e nunca bronzeia;
– Antecedente de câncer da pele;
– Ter mais de 65 anos.
Carcinoma basocelular (CBC)
É o tipo mais prevalente e surge mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce. Costuma se apresentar como uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade.
O CBC é o crescimento anormal de células não-queratinizantes na camada basocelular da pele, principalmente em áreas expostas ao sol.
Raramente dissemina, mas se isso acontece o prognóstico é ruim
Carcinoma espinocelular (CEC)
Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo e pescoço. Tem coloração avermelhada e pode se parecer com uma verruga ou uma ferida espessa e descamativa, que não cicatriza.
O CEC ocorre pelo crescimento anormal de células escamosas queratinizantes. Principalmente em pessoas com pele clara frequentemente exposta ao sol.
Melanoma
O Melanoma é o câncer de pele mais raro, o melanoma tem o mais alto índice de mortalidade. Apesar disso, as chances de cura são de mais de 90%, quando detectado precocemente. Costuma ter a aparência de uma pinta ou de um sinal em tons acastanhados ou enegrecidos, que mudam de cor, de formato ou de tamanho.
O melanoma se desenvolve a partir do crescimento anormal de melanócitos e também pode se desenvolver em regiões não-cutâneas, como o úvea do olho e trato gastrintestinal. Infelizmente é o mais agressivo dos 3 tipos de câncer de pele.
Você sabe a regra do ABCDE?

Diagnóstico e Tratamento
Avaliação por dermatologista experiente, dermatoscopia e mapeamento digital de pintas. Caso suspeita, é indicado excisão ou biópsia a depender de cada caso.
A biópsia de uma lesão cutânea suspeita é importante para o diagnóstico preciso e
o estadiamento do melanoma.
As biópsias também podem ajudar a determinar a opção de tratamento mais apropriada (por exemplo, extensão da cirurgia necessária e possível uso da terapia adjuvante).
As diretrizes de melanoma recomendam que:
– biópsia excisional, com o objetivo de obter margens negativas
A remoção de toda a lesão reduz a chance de recorrência local e remove as células de melanoma que poderiam ser uma fonte de metástase
Uma biópsia incisional ou por punção de espessura total pode ser usada quando uma biópsia excisional não é apropriada devido ao local da lesão (por exemplo, face, dígito distal, sola / palma),
A biópsia por Shaving deve ser usada apenas em casos de baixa suspeita.
Após o diagnóstico patológico do tipo de câncer de pele, o médico irá avaliar necessidade de exames complementares como PET-CT e Ressonância de crânio nos casos de melanoma mais avançado.
Caso seja diagnosticado câncer de pele não- melanoma (CBC e CEC), a maior parte dos casos são curados com cirurgia com margens livres e caso necessário avaliar necessidade de tratamento complementar. Em casos de CEC com lesões maiores e mais agressivas, pode-se discutir tratamento neoadjuvante com imunoterapia, por exemplo.
E não tem como falar de melanoma sem citar terapia alvo molecular em pacientes com a mutação do gene BRAF (Mutações na posição V600 do gene BRAF ocorrem em ~50% dos melanomas). Pacientes com melanoma que têm esse gene BRAF mutado, apresentam uma ativação da via cellular (sem necessidade de fatores externos) contribuindo para proliferação cellular desordenada e sobrevivência de células cancerosas. E neste context, existem medicamentos que atuam inibindo esse gene e consequente morte cellular.
Apesar do paciente BRAF+ ter pior taxa de sobrevida, o tratamento faz toda a diferença em sua vida. Pacientes com melanoma BRAF+ mutante são geralmente mais jovens e demonstraram ter uma sobrevida global pior do que pacientes com melanoma sem a mutação do BRAF. Por isso todos pacientes com Melanoma indicamos o teste para análise do BRAF.
Assim conseguimos definir o melhor tratamento sistêmico para cada paciente com melanoma avançado ou metastático.
Prevenção
– Aplique protetor solar FPS 30 ou maior diariamente e reaplique após suor intenso ou contato com água (como piscina e mar);
– Use roupas com proteção UV, chapéu, óculos escuros com proteção UV,
– evite exposição solar das 10 – 16h.
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