Imagem de paciente com câncer de próstata

O câncer de próstata é o tipo de câncer mais comum entre os homens, com fácil suspeição através do exame de toque retal e por meio de uma amostra de sangue a dosagem de PSA. A confirmação diagnóstica é feita com a biópsia da próstata, que geralmente é realizada após a ressonância magnética da próstata.

Porém a população masculina procura menos assistência médica que a feminina, devido muitos preconceitos, como no caso do toque retal.

Todos os homens, independente de terem sintomas urinários ou não devem ter acompanhamento com urologista a partir de 45 anos para realização de toque retal e dosagem de PSA. Já homens com fatores de risco como familiares de primeiro grau com câncer de próstata devem procurar urologista a partir de 40 anos.

Confira abaixo mais detalhes sobre os tratamentos que podem ser indicados em pacientes com câncer de próstata.

A vigilância ativa é indicada para quais pacientes?

É indicada para pacientes com risco de progressão da doença muito baixo ou baixo, ou seja, aqueles pacientes que apresentam características na biópsia com lesão de baixa agressividade (Gleason ≤6), PSA baixo (<10ng/ml). Além de algumas outras características que devem ser avaliadas pelo médico
para uma classificação correta do risco de progressão da doença desse paciente.

A vigilância ativa também é uma opção para homens com doença de risco intermediário favorável (características de maior agressividade), especialmente aqueles que são mais velhos ou têm comorbidade significativa e estão dispostos a aceitar um risco potencialmente maior de desenvolver metástases.

Na vigilância ativa, a intenção do tratamento é a cura, o cronograma de acompanhamento é pré-definido e o objetivo é minimizar a toxicidade relacionada ao tratamento sem comprometer a sobrevida, em homens com expectativa de vida razoável (entre 5 a 10 anos).

Adotada essa medida, qual deve ser a rotina de acompanhamento do câncer de próstata? De quanto em quanto tempo?

Os protocolos de monitoramento da vigilânica ativa variam e evoluíram ao longo do tempo, normalmente, envolve a medição seriada do antígeno prostático específico (PSA), exame físico com toque retal, imagem e biópsia periódica para avaliação histológica da progressão. Infelizmente, o PSA sérico
e o toque retal (DRE) têm sensibilidade limitada para detectar progressão.

No entanto, um aumento significativo no PSA sérico, um agravamento da anormalidade no toque retal ou progressão da doença na ressonância magnética multiparamétrica da próstata devem servir como base para uma avaliação mais detalhada (uma biópsia da próstata).

Geralmente, deve-se repetir a biópsia em 6-18 meses para confirmação histológica, avaliação médica com toque retal e coleta de PSA a cada 6 meses, intercalar a ressonância magnética multiparamétrica da próstata com biópsia anuais.

Uma mudança no grupo de risco na biópsia implica fortemente na progressão para doença clinicamente significativa e na necessidade de terapia definitiva.

Quais são os avanços no tratamento da doença?

Antes de conversarmos sobre o avanço da doença, temos que lembrar da importância de exame diagnóstico com PET- CT com PSMA que é capaz de detectar doença metastática com PSA ainda valores baixos em pacientes com doença mais agressiva ou que se suspeite de doença metastática naqueles
pacientes com ascensão de PSA após tratamento.

A partir de um diagnóstico mais preciso, tivemos avanços também em antiandrogênicos de nova geração com mecanismos de ações diferentes e menos eventos adversos, para controle de doença metastática, além de avanços no tratamento com radiofármaco como o Lutecio-PSMA.

Quando a cirurgia é indicada?

A prostatectomia é indicada para homens com câncer de próstata localizado com expectativa maior que 10 anos e com tumores clinicamente significativos, ou seja, aqueles tumores que podem evoluir e serem a causa de mortalidade desses pacientes.

E a radioterapia e a terapia hormonal?

As mesmas indicações da radioterapia servem também para a prostatectomia radical, os dois tratamentos são opções para pacientes com câncer de próstata a partir da estratificação de risco desse paciente.

Quanto maior o tamanho do tumor, o grau de Gleason e o valor do PSA, é indicado a radioterapia em associação com a terapia de deprivação androgênica – TDA (a chamada hormonioterapia) que serve para diminuir o valor de testosterona e assim ter um resultado mais eficaz do tratamento com a radioterapia.

O tempo da deprivação androgênica deve ser avaliado pelo oncologista de acordo com a estratificação de risco, sendo de 6 meses para os pacientes com risco intermediário e de 18 a 36 meses para pacientes com risco alto a muito alto, avaliando-se também comorbidades cardiovasculares além da tolerância do
paciente ao tratamento.

Já podemos falar em tratamento personalizado para o câncer de próstata? Por quê?

Sim, em pacientes com doença metastática podemos solicitar exames que avaliem alterações em genes relacionados ao reparo do DNA, ou seja, tentar identificar o caminho que algumas células podem ter ser tornado cancerosas, e caso haja mutação nestes genes, como nos genes BRCA1/2 e ATM, estes pacientes podem receber tratamento personalizado com medicamentos específicos para este grupo de pacientes.

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