Olá! Eu sou a Dra Natalia Fraile, oncologista do hospital Santa Paula da rede DASA e estou aqui para conversar sobre a conscientização de tumores ginecológicos numa ação especial chamada Setembro em Flor.
Câncer de Ovário
Primeiramente, o câncer de ovário está entre os 10 tipos de câncer mais incidentes da população feminina. Fatores de risco para esse câncer são: historia na familia (isso se deve pela possibilidade de mutações geneticas hereditarias como mutações no gene BRCA, aumento da idade, obesidade, endometriose, mulheres que menstruaram antes de 12 anos, nunca ter tido filhos, menopausa tardia.
Infelizmente, os sintomas deste tipo de câncer podem ser confundidos com condições menos graves e atrasar o diagnóstico precoce. Os sintomas sao inchaço abdominal, indigestão, náusea, falta de apetite, pressão na pelve ou parte inferior das costas, necessidade mais frequente de urinar e/ou constipação, dor e aumento do volume abdominal. O diagnóstico se baseia na história e exame físico da paciente, coleta de marcador tumoral chamado CA 125, realização de TC e RM de abdome a fim de confirmar o tumor ou metastases, auxilia na extensão da doença, a confirmação do tipo de tumor com a biópsia e realização de painel para avaliar mutações genéticas.
Existem alguns fatores protetores que podem reduzir o risco de cancer de ovario: uso de aco, amamentacao, laqueadura.
Todas as pacientes com cancer de ovario epitelial de alto grau devem ser encaminhadas para aconselhamento genético e realizacao de teste genético.
Câncer de Útero
Já o câncer de colo de útero, é o 3o. câncer mais comum e a quarta causa mais frequente de morte por cancer em mulheres no Brasil. É causado principalmente pela infecção persistente de alguns tipos do Papilomavírus Humano o (HPV).
O HPV tem transmissão principalmente por relação sexual.
Os principais fatores de risco para o câncer de colo de útero sao infecção pelo HPV e tabagismo.
Os principais sinais e sintomas são sangramento vaginal intermitente ou após relação sexual; secreção vaginal anormal, dores pélvicas e desconforto urinário recorrente.
O diagnóstico é feito de acordo com história exame ginecológico e com um
Papanicolau alterado, a paciente é submetida a colposcopia com biópsia.
Tratamento de acordo com estadio se baseia em cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
E como prevenir?
- use sempre preservativos
- VACINE-SE! A vacina está disponível pelo SUS para meninas de 9-14 anos e meninos de 11-14 anos.
- Pacientes com HIV, cancer, transplantados indica-se até 45 anos nas mulheres e 26 anos em homens. E também aprovada pela ANVISA NA rede particular
- Realização de papanicolau (de 25 a 64 anos e que já iniciaram atividade sexual)
- ACOMPANHAMENTO MÉDICO SEMPRE!
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